Feliz Natal ? (Mãe?)

Eu queria fazer um texto diferente no final do ano, eu sinto que sempre escrevo o mesmo com palavras diferentes… Acho que porque sempre que estou diante de algo complicado tenho os mesmos pensamentos, tenho as mesmas certezas e a mesma fé… Dessa vez não existe nada de complicado ou novo… Mas ainda assim eu preciso escrever e reforçar um ponto… Nesse momento penso sobre escolhas, sobre identidade… Basicamente é a mesma coisa!

 

Onde será que nasce nossa identidade? Muitas pessoas podem falar que é algo instintivo, podem falar que são traços de nossa alma, resquícios de outras vidas, influencias do mundo… Eu não acredito que seja SÓ uma dessas coisas, talvez um pouco de cada, talvez uma ou duas…

 

Com toda certeza a nossa criação e o mundo ao nosso redor faz brotar sentimentos, nos muda e nos define, eu sempre ouvi uma frase “diga-me com quem andas e eu te direi quem és” e acredito muito nela, a busca por identidade é muito real quando procuramos uma tribo, um grupo para fazer parte, as vezes nos adequamos a esse grupo para sermos aceitos, as vezes não parecemos muito com as pessoas de lá, mas com toda certeza compartilhamos algo… Com certeza nossas identidades se mesclam para criar uma identidade coletiva, mas isso é papo pra outro texto…

 

Os amigos são tão especiais em nossas vidas que servem como um tempero, é sempre melhor rir quando estamos acompanhados, abraçar, fofocar, reclamar de algo… A união faz a força e nossos amigos com toda certeza moldam nosso caráter… Eu não tenho um pingo de dúvida sobre isso.

 

Mas talvez seja preciso voltar um pouco mais…

 

Quando ainda estamos sendo gerados, uma mãe toca sua barriga e sente a criança crescendo, ela tem sonhos para aquela criança, ela tem curiosidade de como será seu rosto, ela tem sentimentos por algo que ela não vê, mas que sente… E o bebê na mais leve das hipóteses sente o calor do corpo e do espirito que estão o trazendo para a vida, nossos instintos começam ali… Talvez nossa personalidade também…

 

Eu sou suspeitíssimo em falar, minha mãe é parte constante da minha vida e de mim… As vezes parece que nós somos os únicos da mesma tribo, da mesma espécie, partilhando de conceitos morais e filosóficos… Nossas regras de vida… E nada foi ensinado, tudo é natural…

 

Falando da minha mãe. Eu não conseguia imaginar minha mãe criança, não conseguia imaginar ela adolescente, não conseguia imaginar ela como outra coisa se não ‘mãe’, porque esse é o lado mais forte do caráter dela, ou ao menos é o lado que ela sempre escolheu me mostrar. Não cabe falar aqui tudo o que minha mãe já fez por mim… Literalmente não cabe, uma vida inteira jamais poderia ser contada em texto, sempre ficaria algo importante de fora, basta dizer que nunca… Em nenhum momento dos meus 20 anos, ela não foi mãe… Ela já passou fome sorrindo para que eu tivesse luxos, já abriu mão de si por mim inúmeras vezes, sempre acaba fazendo (mesmo que reclamando e xingando muito) tudo o que eu preciso, é muito chata, é exigente e mais gentil e divertida que qualquer pessoa que eu tenha conhecido, ela é tão mãe que é como se isso fosse parte total dela, é tão mãe que é difícil eu imaginar ela como sendo outra coisa… É difícil imaginar…

 

É como se ‘ser mãe’ fosse a identidade dela, por muito tempo eu a enxerguei dessa forma e por muito tempo eu me confundi… Eu não entendia como ela podia ser assim, havia momentos (bem raros) em que ela não era como eu esperava (muito raramente), eu enxergava humanidade nela e para mim isso sempre foi extremamente confuso, porque na minha expectativa ela sempre foi minha mãe e nada além disso. É um pensamento egoísta e muito imaturo… É não entender a grandiosidade disso. Com toda certeza ser mãe é parte dela, mas é uma opção, uma opção que com toda certeza exige muito dela, uma opção que com certeza tira muito dela. Não existe cursinho para ser mãe, não existe faculdade de maternidade… Talvez ela não tenha nascido com isso, ela precisou se tornar mãe e quando a necessidade surgiu ela teve que ser… Ela não parou ou hesitou, ela foi… Ela fez, ela é.

 

Em muitos momentos não nos sentimos preparados quando a vida exige que nos joguemos… Mas não estar pronto, não ter sido instruído já não é mais uma desculpa válida…

 

Da mesma forma, não existe cursinho de coragem, cursinho de caráter, cursinho de moral ou de personalidade, tudo isso se desenvolve naturalmente e tudo isso está submetido a escolha, tudo nos define, o meio nos define, os amigos nos definem, a cidade nos define, nosso emprego nos define… Não nos limitam, mas a maneira que lidamos com cada uma dessas coisas define o tipo de ser humano que somos.

 

Eu ignorei isso, mas não pude mais, todos nós temos o direito a escolha e até mesmo não escolher é uma escolha que trará consequências.

 

Depois de ter adquirido o mínimo de maturidade e vivência eu consegui assimilar quem minha mãe é humana (eu sei, parece bobo falar assim), eu passei a vê-la como uma pessoa tão passível de erro quanto eu e isso não diminuiu em nada seus esforços, pelo contrário, saber que ela também tinha dúvidas, saber que ela também sentia, que ela tantas vezes quis outras coisas e sempre teve a força de escolher se sacrificar por mim é algo difícil de entender, é um amor quase irreal, tão puro e tão verdadeiro, é um exemplo. É magnifico. O amor pode transformar um ser humano na mais extraordinária e amável das criaturas, a escolha é um direito que todos temos e escolher ser alguém melhor, escolher ser o melhor é o maior exemplo que minha mãe sempre me deu e continua dando, acho que nunca escrevi isso pra você mãe, de maneira tão explicita, mas hoje (quase natal), amanhã, ontem e sempre, eu preciso deixar claro que ter sido seu filho foi o maior presente de todos, a vida que você me deu foi o maior presente de todos, todas as felicidades, sofrimentos, aprendizado e amores só foram capazes porque você escolheu me presentear, porque Deus (ou natureza, Jesus, destino, acaso o universo) escolheu me presentear com você. Ser seu filho, viver tantas coisas, passar por tantas coisas, ver tantas coisas e sentir tantas coisas (nas quais muitas vezes eu só tinha você) me fez ser uma pessoa que eu gosto de ser… Muitas vezes você me pergunta se eu sou feliz… Ser feliz não é ter tudo, mas é também saber tudo o que se tem… E eu tenho a melhor das coisas, eu tenho amor. Obrigado por tudo, se eu sou feliz? Claro, eu dificilmente não seria, eu teria que ser muito burro para não ter aprendido a ser.

 

A busca por nossa identidade começa no instinto, começa no ventre, mas só se concretiza com as opções, com as escolhas que fazemos, ao leitor ou leitora, se tem resoluções para o próximo ano, pense que muito mais do que escrever em um papel, é preciso escolher ser fiel aos caminhos que você deseja percorrer, boa sorte, feliz 2014 para todos nós. E sempre que você pensar que é difícil, lembre-se que sim… É DIFICIL, mas com certeza existe alguém na sua vida que já fez o impossível com um sorriso no rosto, alguém que já passou por cima do difícil só pra te deixar confortável e bem, seja essa pessoa seu parente ou não… Exemplos é o que não faltam, todos podemos, exemplos estão ai para provar que podemos.

Te amo mãe. Obrigado. Você é meu presente de natal, de pascoa, de ano novo, de aniversario e de vida ❤

Feliz Natal pra todos, eu não sei se esse texto fez qualquer sentido, eu to escrevendo às 2 da manhã… E vou postar sem revisar porque amanhã vai ser um dia corrido… Enfim, ❤ ❤ ❤ Peace and Luv para todos

 

xoxo

Henrico Raynal

”Carpe Diem” ou ”O primeiro semestre de 2013”

Bem, esse texto não é um texto comum para o blog… Sabendo que esse blog não tem textos comuns, vc pode imaginar que se eu to avisando é porque o lance pode ser tenso… É um resumo dos últimos 6 meses e de como histórias iniciadas em textos passados, situações vividas e exploradas em outros textos desse blog culminaram em alguns momentos, é como uma continuação… Eu falei em um certo momento aqui no blog que a vida pode ser vista como uma Novela Mexicana ou uma série de tv dividida em temporadas. Bem esse texto serve pra dizer que mais uma temporada acabou, que acabou bem, mais uma fase chegou ao fim, que muitos ganchos foram deixados e que a próxima temporada promete muito.

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Pro texto não ficar muito grande eu vou passar por alguns pontos superficialmente e dentro de uma linha… Uma linha que eu escolhi porque parecia óbvia…

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Bem, eu não sou de escrever resoluções de ano novo, é algo que eu acho meio bobo, meio desnecessário. Mas ao longo desse primeiro semestre eu olhei algumas vezes para uma página bem especial no meu caderno de anotações. Por volta de Novembro do ano passado, de madrugada, em outro estado… Voltando do musical Priscilla e pensando no show da Gaga, com aquela sensação de estar correndo que São Paulo me proporcionou, sentado no vagão do metrô, eu me lembro de estar pensando em duas coisas e ter escrito algo próximo a uma resolução de ano novo.

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A primeira coisa que eu pensei foi “Puta que pariu, é tarde da noite, se eu não saltar no local certo, eu provavelmente vou estar morto amanhã de manhã”

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e o mais importante;

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“Pras coisas darem certo eu tenho que agir, agir pra atingir os meus objetivos… Mas pera, o que eu quero? Quais são meus objetivos?”

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Naquele mesmo momento eu escrevi quatro coisas, quatro coisas não tão simples e nem tão complicadas, mas quatro coisas que eu não havia conseguido concluir ou atingir até aquele momento e que com certeza seriam parte do futuro que eu quero para mim.

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Resolução 2013

Listinha escrita no caderno de anotações

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Bem, todos os itens estão marcados… Mas não quer dizer que eu os conclui, por exemplo, a UNB… Eu nesse momento só sei que eu fui aceito, não tive nenhuma aula, então… Não posso falar que conclui… MAS que eu passei. Eu não quero fazer desse texto um mural de realizações e êxitos, porque na boa, não foi assim… Eu quero mostrar que as vezes, tomando as decisões erradas ou certas no momento certo, as coisas podem rolar…

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Quanto a Claude Debussy, ano passado eu desisti de entrar nela para ir pro show da Gaga (o que super valeu a pena) e esse ano eu ainda tava num dos momentos apaixonados que eu tenho e simplesmente esqueço do mundo, me focando só em algo (nesse caso… alguém) e eu perdi a audição da Claude, eles fecharam todas as turmas e em um primeiro momento não havia a miníma chance de eu entrar. Conversando com a organizadora do curso, ela falou que lembrava de mim, levantou a possibilidade de fazer uma audição particular, porque ela lembrava de mim, mas por fim disse que matrículas já tinham sido feitas e horários arranjados, que a única possibilidade seria entrar na turma básica (uma turma menor, para a qual tbm rolam audições bem menos concorridas).  Não era o que eu queria, não era o que eu queria MESMO, mas para não ficar parado eu fui em frente, porque de todo modo eu ainda teria aulas de canto, dança, interpretação e sapateado e poderia fazer o que eu mais queria… Um número do musical The Book of Mormon, um dos meus favoritos. Bem, eu nunca fui um primor em dança, me diverti com o sapateado e embora meu professor diga “vc canta bem, mas não aprendeu nada nesses 6 meses”, eu ganhei facilidade e uma certa melhoria de técnica vocal.

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O número do final do semestre… Depois de encontrar dois mórmons em um ônibus e ganhar um livro deles (uma coincidência que ocorreu no primeiro dia de aula), eu sabia que não tinha como fazer outra coisa. Eu poderia ter ido melhor se tivesse escolhido algo mais simples, ou mais fácil. E bem eu não diria que eu fui péssimo (outras pessoas diriam isso por mim, facilmente), a diretora disse que eu conduzi o tempo todo (ela estava ao piano, não conhecia a música e tava com um terçol no olho, por mais que o instrumental tivesse o papel de guiar, não dava… E eu me preocupei muito em ela conseguir acompanhar ou não) e também disse que eu sou afinadíssimo… Ao mesmo tempo disseram que minha voz parecia muito baixa em alguns momentos e muito alta em outros, disseram que meu foco estava fraco e que os agudos foram alcançados, mas de maneira errada… É uma música de tenor, é complicada… Mas sabe, por mais que eu não tenha sido tudo o que eu queria… Eu fiquei satisfeito no final, era o que queria fazer, era o número que eu queria apresentar e por mais que não tenha sido perfeito, eu não me contentaria em fazer outra coisa. Quando eu me virei e meus amigos me abraçaram e falaram que gostaram, que eu arrasei, bem não foi tudo o que eu esperava… Mas no final, indo contra a vontade do meu professor e contra as probabilidades… Eu fiz o número que eu queria fazer, não exatamente da forma que eu queria, mas no final, foi feito. E isso é algo importante para lidar, saber o que se quer e saber que nem sempre vai ser como se quer… Mas que se a sua motivação é sincera, você vai ficar feliz no final. Talvez por ter tentado, mas principalmente por ser sincero…

Kevin Price

I BELIEEEEEEEEEEEEEVE

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Mas enfim, fiz o que eu queria desde o ano passado na ETMB, o número que eu semprequis. Isso era o que eu esperava da ETMB, o que eu não esperava eram as pessoas, eu fiz muitas amizades lá, pessoas com quem eu falo praticamente todos os dias da minha vida e podem não ser pessoas que vão estar comigo pra sempre, mas são pessoas que nesses primeiros 6 meses tiveram um papel fundamental pra minha vida… Por exemplo, as aulas aos sábados me ajudaram a decidir que na inscrição da UNB eu optaria por artes cênicas e não psicologia, eu faria psicologia em uma particular caso não passasse na UNB. O que nos leva ao segundo ponto…

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A UNB foi um caso bem interessante, porque eu sempre fui bem vagal na escola, eu passava porque era bom em provas e em trabalhos, mas meus cadernos eram muito mais recheados de estórias e desenhos do que de conteúdo (razão pela qual eu sempre me fudi em específicas), então eu me inscrevi pra UNB sem grande empolgação, eu não li nenhum edital e não estudei, resumindo… Por mais que não fosse um curso bem concorrido, eu realmente achei que eu não fosse passar, porque eu simplesmente não me preparei nem um dia… A última vez que eu peguei em um livro pra estudar foi no terceiro ano (quase há 4 anos atrás)… Nunca falei que não ia passar por charme e sim porque eu provavelmente só passaria por um milagre, depois de ver que havia uma demanda de mais de cem pessoas para vinte e seis vagas (o que não é muito comparado a um concurso público, mas é assustador pra quem não se preparou), eu tinha certeza que não passaria… Mas em uma prova que caiu Broadway, havia um pouco de esperança em mim…

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Esperança que quase sumiu quando faltando 4 horas pro segundo dia da prova especifica eu descobri que tinha que fazer dois monólogos (magicamente resolvi ler os editais), um de livre escolha e um obrigatório, o obrigatória era de livros que eu nunca li, montei ele em 20 minutos e ensaiei na porta da sala, me falaram que eu podia embromar porque os professores não conheciam os livros… Foi uma surpresa enorme quando o professor me disse “ah, eu conheço esse livro, conheço esse personagem e eu não lembro dessa parte no livro”, a minha oratória nunca me foi tão útil, minha explicação envolveu atualizar o personagem, os seus sentimentos e motivações e misturar isso com os protestos que ganhavam o país, aparentemente ele comprou minha ideia, eu não fui desclassificado. O segundo monólogo era livre e poderia me enterrar também, nas pressas eu decidi cantar uma música, uma música que eu não tinha ensaiado muito, mas já conhecia um pouco, OH WHAT A CIRCUS do musical Evita, foi um improviso tão escroto que eu cantei em português (tradução minha feita as pressas) e no final sabendo que eu tinha só uma chance pra ganhar… Eu cortei a última seção da música e adaptei uma parte de Don’t cry for me argentina (sabendo que é a música mais popular do musical e que teria mais chances deles conhecerem), a avaliadora deu uma risadinha e pela primeira vez nos dois dias de prova especifica eu senti que tinha feito algo certo. O mesmo professor que antes tinha me dado um semi-sermão pediu permissão para “quebrar o decoro” e dizer que havia gostado muito e que diferente da maioria que se propõe a cantar, eu tinha sido bem afinado e coeso.

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Bem, por mais que fosse improvável, incluindo aqui que a minha redação do vestibular foi baseada na música Vogue da Madonna, eu passei pra UNB, em um curso não tão concorrido, mas o bastante pra eu ter como certo que não ia passar. BEM, eu vou ser rápido daqui pra frente…

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Ainda restavam dois pontos no caderninho, dois últimos pontos que são mais complicados, Negócios de Família é um livro autoral que eu tento terminar há algum tempo, mas eu nunca tinha conseguido ficar satisfeito, nunca tinha conseguido que ele me parecesse atrativo, que parecesse algo que alguém realmente parasse pra ler, ao mesmo tempo que a premissa sempre me pareceu ridiculamente interessante. Ao longo desses primeiros 6 meses eu acabei me afastando muito de alguém que eu amava muuuuuuuito (e ainda amo), porque entre outras coisas não rolava igualdade, era um lance bem unilateral, na mesma semana da prova especifica ou pouco depois, eu decidi dar um fim nisso, me afastar completamente e ficou um vazio, um vazio de vontades e de sonhos que pareciam enterrados com aquela relação… E eu percebi o óbvio, não era nada compartilhado, era tudo meu e se era meu eu poderia fazer o que quiser com isso e esse era o elemento que faltava para concluir o livro, trazer ele pra perto de mim, humanizar o livro, tornar ele interessante, colocar sentimentos reais…

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Eu não perdi alguém, no final eu só coloquei meu sentimento em algo que valia a pena. Bem, o livro foi concluído e eu acho honestamente que é um livro bastante especial, eu sei que arranjar uma editora e alguém que compre uma ideia central alternativa (é segredo, não posso falar sobre, mas envolve temas bastante atuais) vai ser foda, mas eu não vejo como impossível, essa história se desenrolará ainda por algum tempo… Mas eu realmente acredito nela. Assim como a do último ponto ”It’s all about Lips”, eu não vou falar muito sobre ele também, mas é um projeto difícil e eu precisaria de ajuda para consolida-lo… Resumindo… Eu recebi uma oferta da minha mãe “se vc passar na unb, eu te ajudo a concluir isso”. Bem, eu passei e isso tá bem encaminhado…

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Depois de tudo… Depois de aprender que as coisas só acontecem se nós agirmos, se nós corrermos atrás delas… Conseguir atingir essas metas foi meio que um tudo ou nada, eu consegui ir em frente com a minha resolução e não só isso, os quatro pontos ocorreram juntos, ocorreram ligados um ao outro como um efeito dominó, se eu não tivesse optado por abrir mão da ETMB ano passado eu não teria ido pra SP, não teria escrito a lista, se eu não tivesse apaixonado não teria perdido a audição, se eu não tivesse perdido a audição não teria entrado em outra turma, se eu tivesse desistido dessa turma, não teria optado por outro curso na UNB, logo, não teria passado no vestibular, não teria a ajuda pra ir a frente com algumas coisas e se eu não tivesse optado por me afastar não teria concluído o livro. Todas as decisões trouxeram dúvidas por um tempo, deram medo e por algum tempo eu não enxerguei as coisas como eu queria que fossem, mas de alguma forma deu certo. Se vc acredita em Deus, destino, ação-reação, coincidências ou não… Meu caráter e meu futuro se formaram nos últimos dois anos de uma forma que eu nunca poderia ter planejado e parece, bem… Não planejar parece o certo, mas parece que tudo caminha de uma maneira que realmente me faz muito feliz, então seja lá no que você acredita, eu tenho que agradecer, pelas portas que se fecharam e que se abriram.

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Mas eu não quero exatamente dizer que tudo está ligado, porque isso é besteira, não importa isso… Destino é feito agora, é feito por nós mesmos. Importa mesmo a ação, optar… O que eu quero dizer aqui é, NÃO DESISTA! Saiba quem você é, lute por quem você é! Não vai ser como você espera porque você não é vidente pra prever o futuro, os caminhos vão ser bem diferentes do que você sempre esperou, mas se você for fiel ao que você quer, se você for fiel a quem você é… Vai acabar conciliando e achando o seu caminho… Não é garantia de sucesso ou de fracasso, é apenas ser quem você é, seguir quem você precisa ser em sua totalidade.

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Eu sou a Rainha e to de boas com isso

Eu sou a Rainha e to de boas com isso

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Mas enfim, isso não nos traz nada muito novo… O que entrou de novo na minha vida foi uma sensação. Eu sempre fui e provavelmente sempre vou ser aquele cara que tá enxergando ao longe, que quer ter planos, que quer ter sonhos… Um sagitariano que mira sua flecha longe no horizonte, talvez por isso eu tenha por algum tempo perdido muito. Mas um anjo de cabelo preto e lábios rosados e um corpo de matar me disse “viva o momento” e isso me fez ver outro angulo.

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”Carpe Diem” significa viver o momento e pra mim sempre foi mais importante me planejar pro futuro… Bem, uma coisa não tem NADA a ver com a outra, eu continuei planejando e sempre vou ser assim… Mas puta que pariu, viver o momento é uma lição maravilhosa, até mesmo pra ajudar a tomar decisões. Essa foi a principal lição dos meus últimos 6 meses, aproveitar o hoje é entender que o amanhã se faz hoje, muitos dos melhores momentos de 2013 até agora surgiram quando eu me arrisquei, quando eu sai de casa sem esperar muito de uma noite e acabei nos braços de quem eu queria há muito tempo, quando eu decidi ir encontrar um grupo de colegas que naquele mesmo dia se tornaram amigos, quando eu decidi que mesmo sem saber nada da especifica, tendo certeza do fracasso, eu decidi me concentrar no momento e dar o meu melhor. Quando eu decidi dançar sem me importar com  mais nada… Decidir o futuro é ótimo, viver o momento também. Eu sempre falo aqui sobre olhar para a frente, sobre seguir seus sonhos e como isso nos define… E isso é muito verdade, mas não se esqueça do quão é divertido o presente, do quão nós podemos ser felizes AGORA, o quão nós podemos nos divertir sem que isso interfira nos nossos planos… Saber aproveitar o momento, saber ser feliz no momento… É a lição que eu to aprendendo e preciso aprender, porque quando o futuro chegar, ele não vai ser mais que o presente… Então… CARPE DIEM.

Xo Xo

Rique Raynal

(Ah e se eu puder encerrar com uma música… )

(Claro que eu posso, o blog é meu… )

( Bem… http://www.youtube.com/watch?v=dvgZkm1xWPE )

Nós somos o que nós fazemos

(Hugh Jackman está com os olhos cheios de lágrimas)

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(Ele é um puta ator então vc sabe que ele está sofrendo)

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( Correndo para o final da sala )

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(Corre de volta para a câmera)

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(Enche os pulmões de ar)

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– QUEM SOU EU? –

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Hugh Jackman grita em um belo agudo em uma das cenas de Les Mis – Enche os pulmões de ar novamente para responder um número, um número que foi lhe dado como identidade na prisão… Quem ele era?

 

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– 24601 –

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(Ok, belo filme… Meio cansativo no começo, muito lindo no final… MAS, isso nos interessa porquê?)

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Bem, a grande questão de Les Misérables pode ser definida nessa pergunta… Um homem que foi marginalizado e perdeu seu nome, perdeu sua história e perdeu sua identidade, mas não perdeu quem ele era… Não perdeu aquilo que o definia e o define como coração daquele conto… Essa é a questão aqui… Nada disso poderia ser usado para responder quem ele era… Poderia, se outra pessoa estivesse perguntando, mas não… Era ele mesmo.

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E acredite isso pode parecer meio profundo demais ou psicológico demais ou CHATO demais, mas é uma pergunta que nós nos fazemos muito e de maneiras diferentes, então porque não encarar essa questão de frente um pouco?

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(saca o drama do gif a seguir)

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Sério, já perceberam como as pessoas caem nesse clichê? SIM, as pessoas devem ter medo de não saber quem são, ou de não saberem lidar com quem são… E tentam responder isso de maneira simples e é o que eu quero, uma maneira simples de poder analisar isso…

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Bem, o título do texto é meio explicito sobre como eu acho que essa pergunta deve ser respondida… Ok, você releu o título (?) e agora você já tem a resposta… Agora não tem mais sentido ler as outras trocentas palavras desse texto… Ok.

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Eu devia ter pensado em um título que fugisse um pouco da resposta final…

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Talvez fosse mais inteligente…

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Mas vamos continuar e daqui pra frente, você finge que não leu o título, beleza?

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Testes de personalidade, testes de QI, testes do tipo “Quem você é na realidade?” ou “Quem você é na favela?” (esse último existe mesmo no facebook, eu fiz e deu que eu sou a ‘gorda barraqueira da laje‘… #chateado), ou até mesmo horóscopo, tudo bem que alguns vão dizer que usam o horóscopo para se guiar… Mas essa é a questão… E eu também leio o horóscopo, eu já fiz testes de personalidade (gorda barraqueira da laje rules) e eu fiquei muito feliz quando o chapéu seletor do #Pottermore me colocou na corvinal, mas isso denota que existe um medo ai… Um medo que pode ser o de não saber quem eu sou ou o de as pessoas não perceberem o que eu sou…

 

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Porque essa é a maldição e a benção de viver em sociedade: Nem nas crises existenciais estarás sozinho!

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Muitas vezes não sabemos como responder a essa simples pergunta e isso é capaz de causar pânico instantâneo, se nem eu sei quem eu sou, posso supor que eu não sou realmente algo concreto, que eu não sou nada… Que eu sou uma folha sendo levado pelo vento sem o direito de decidir para onde eu vou, NÃO… VOCÊ NÃO É! Por Deus, NÃO! É exatamente o oposto…

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Seria fácil demais, dessa forma poderíamos lavar as mãos em cada erro que cometemos, um beneficio que muitas vezes viria a calhar… Mas não… A culpa é toda nossa, a responsabilidade é toda nossa… É de quem somos!

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E se eu pudesse dizer uma coisa… ESPERA… EU POSSO (porque o blog é meu e quem não gostou que se retire)… Eu acho que essa pequena pergunta, essa dúvida existencial é extremamente essencial para o nosso desenvolvimento / crescimento / evolução, essa pergunta é a única que realmente afeta o nosso destino dia após dia. E talvez seja uma espécie de instinto humano… Porque o que ela traz nos ajuda a nos direcionar para o que queremos ser e o que queremos ser sempre afeta o que somos…

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Por isso existem tantas tribos, por isso fazemos amigos, por isso gostamos de um certo tipo de música, de um certo estilo, etc… Porque o meio nos influencia e nós influenciamos o meio e isso garante que cada ser humano seja diferente (ahhhh, a maravilha da individualidade). A busca por responder essa pergunta nos leva para os caminhos que acabam por ser a resposta dela… Por isso não importa se você tem essa dúvida, talvez essa dúvida seja saudável… Eu acredito que é saudável e é bem provável que ela venha de fábrica!

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O grande problema disso é que nós temos a mania de generalizar tudo e se pudéssemos, nós nos generalizaríamos, nós nos definiríamos sem pensar duas vezes, porque é mais fácil jogar quando você sabe suas cartas, quando você sabe do que é capaz… Mas como diz a sabedoria do orkut “Quem se define, se limita”. Se conseguimos fechar o pacote não há nem mais porque viver, se já somos completos.

 

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Felizmente nós não somos e provavelmente nunca seremos “completos”. Nunca poderemos tratar de nós mesmos como um pacote completo, só poderemos realmente limitar o que fomos… Isso é, depois que já estivermos mortos e pararmos de viver, porque enquanto vivermos é regra… Nós sempre continuaremos sendo influenciados pelo meio, influenciando o meio e dessa forma mudando, o eu de hoje não é o mesmo que o de ontem e isso apenas porque já viveu o hoje, já leu uma reportagem, já viu um filme que tinha uma lição de moral, terminou um livro, ouviu uma música e o mais comum… Conheceu alguém…

 

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Por isso eu não acho que sejamos capazes de medir um homem por palavras. O jeito seguro de fazer isso é por ações, enquanto vivos estamos sempre mudando, então, é… A maneira de saber agora quem você é, é analisando as suas ações… Isso não parece ridiculamente óbvio e meio assombroso? Mas é lógica.

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Eu não sou um cantor, a não ser que eu cante

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Eu não sou um bom homem, a não ser que eu tenha boa ações

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Eu não sou um sonhador, a menos que eu sonhe

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E usando essa última, enquanto eu não fizer algo eu vou estar apenas sonhando… Eu não vou ser realmente aquilo… O desejo de ajudar alguém sozinho, por exemplo, é MUITO BOM, mas não mata a fome de ninguém! Planos são ótimos, mas são apenas PLANOS! Então toda vez que procrastinamos é como se matássemos uma parte nossa que ainda não é, mas poderia ser algo.

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A diferença entre quem eu sou e quem eu quero ser está na ação, você não precisa ter medo de não saber quem você é, só precisa olhar para o que você tem feito, como você tem agido… E vai saber. Muitas vezes vai haver um choque porque as ideias e execuções são bem diferentes, mas é preciso uma pitada de honestidade para que consigamos continuar crescendo, rumo ao ser humano que queremos ser.

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Ontem eu tava conversando com uma pessoa que eu amo muito, ela vem passando por alguns problemas e me disse que “eu sou a culpada de tudo isso”, o  ‘isso’ nesse caso significa um bando de problemas, e sim concordamos que ela era a culpada de certo modo e isso é muito bom… Porque se você é culpado de algo, você pode consertar, você pode fazer diferente, você pode fazer ser melhor. Pode medir porque você ainda não é algo que queria muito ser.

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Se você é ruim, talvez não possa simplesmente mudar para melhor, mas pode mudar para esforçado… E daí é mais fácil, porque você já tá um degrau acima do que era… E tudo é degrau…

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De degrau em degrau nós formamos quem somos

E dito isso eu empunho o coração desse texto:

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De ação em ação é possível conhecer o caráter de um ser humano

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Não tenha medo de responder aquela pergunta ou de fazer aquela pergunta, você é exatamente o que você quer (“ok, então quero ser rico” (não, não é como os 3 desejos do Alladim, exige esforço)), porque você é o que você faz, o que você fez e será o que você escolher fazer daqui pra frente. Não é fácil, mas se fosse não teria graça… Então se tem algo errado, EU posso consertar. Se você errou pode querer dizer que os erros não te definem, mas infelizmente eles acabam sim sendo parte de você, mas eles JAMAIS impedem você de passar por cima deles e melhorar…

 

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Voltamos com a simplicidade do título, nesse texto rápido e cheio de questões filosóficas adaptadas à minha filosofia de boteco…

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NÓS SOMOS O QUE NÓS FAZEMOS

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É, e deveria ser a conclusão desse texto.

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É o caminho óbvio.

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Então dito isso, minha resposta final não vai ser óbvia, por último eu me limito a dizer…

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– I am Jean Valjean –

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(ou segundo aquele teste do facebook, a gorda barraqueira da laje, G.G)

Comodismo das Massas

Bom dia senhoras e senhores, hoje eu venho com um assunto que talvez não seja exatamente belo de olhar do ponto de vista que vai ser apresentado, mas nesse momento é o que eu preciso dizer, é o que eu preciso colocar para fora…

Todos prontos e animados?

Animadérrimo

 

 

 

 

 

 

Bem, como o título já diz eu quero falar sobre comodismo das massas, um assunto que é bem complicado e eu vou tentar percorre-lo sem grandes ressalvas ou aprofundamentos, porque ele envolve problemas muito grandes e soluções pequenas.

 

Eu gosto de chamar de comodismo das massas o fenômeno humano de  ver algo errado e ser incapaz de realmente agir, ver algo errado, algo que nos afeta e no máximo conseguir reclamar, conseguir se manter na zona de conforto perante algo errado… Isso é ser comodo, comodismo das massas é quando isso acontece com muitas pessoas ao mesmo tempo… Nesse caso, quando isso acontece com o nosso país…

 

Vamos ser diretos, uma coisa me incomodou logo de manhã e eu pensei bastante no assunto, eu li sobre uma tal de “bolsa crack” que consiste basicamente em um auxílio de cerca de 1.300 reais, dois salários mínimos, para o usuário de crack que for se tratar… Bem, acho que o crack se tornou um assunto de saúde pública, não pode ser ignorado, mas o governo devia estender a mão e deixar que o viciado fizesse o minimo esforço para sair dali, o viciado deveria querer sair dessa vida e o governo ajudar dando o tratamento, de outra forma eu não vejo como algo pode ser eficaz! Mas pra que dar o tratamento e esperar o querer de alguém quando se pode comprar essa pessoa e eliminar a vontade dela? Não é? Bem, pode parecer que eu estou sendo radical demais, mas…

 

Deixa eu ver se eu entendi, existem pessoas que trabalham todos os dias, acordam muito cedo ou vão dormir já de manhã para cumprirem seus turnos, andam em ônibus lotados, tentam viver uma vida honesta e suam todos os dias para ganhar um salário mínimo ou pouco mais que isso… Não falo de casos isolados, falo de MILHÕES de pessoas… Que sofrem para sobreviver de maneira honesta e não se permitem o luxo do erro. Alguém que se droga, ok… Não sejamos completamente unilaterais aqui, a droga é um problema e pode acabar se tornando uma doença, é um vicio que faz mal pra saúde pública, a família do drogado fica desamparada e ele precisa de um incentivo para sair dessa vida, esses são os argumentos usados para defender a “bolsa crack”… Mas é impossível não se revoltar, porque no fim parece que o viciado vai receber um bônus por ter dado trabalho e no fim tentar fazer o que algumas pessoas fazem normalmente para sobreviver… A droga é um problema, mas começa com uma escolha e nós não podemos simplesmente presentear quem fez uma escolha errada… Também não sou a favor de punir, cada um faz o que quer da vida… Mas se vivemos em uma sociedade e uma pessoa acaba se tornando um peso, porque remunera-la por um erro? Porque de maneira crua é isso que acontece, essa é a impressão que fica e isso é frustrante. Oferecer tratamento é obrigatório do governo… E infelizmente se o governo faz mais do que sua obrigação (coisa que na maioria das vezes faz de maneira porca) isso tende ao ridículo.  Algumas pessoas saem da faculdade pra fazer estágios ganhando isso, como dito, alguns trabalhadores nem chegam a ganhar isso… E um usuário que decidiu se tratar (o que a partir do momento que ele aceitou que está doente e está se tornando um peso para a sociedade é quase uma obrigação) recebe esse dinheiro, simplesmente recebe esse dinheiro, porque foi viciado… Isso parece um incentivo para se drogar, honestamente e olha que o crack é barato, é um investimento inteligentíssimo, gastar uma micharia com umas pedrinhas e receber dois salários mínimos como retorno… Bolsa de valores pra que?

 

E isso me levou a pensar que isso é revoltante, mas não há nada que eu possa fazer e isso não é nem tão revoltante se eu for para pensar em algumas coisas mais graves que nos causam comodismo.

 

O quanto o nosso poder público é vergonhoso, ladrões e bandidos declarados em comissões de ética, mafiosos do pior tipo mamam nas tetas do governo há anos e sempre conseguem voltar, desonestos são reeleitos a todo instante e é mais do que comum ligar a tv e ler sobre um novo escândalo no jornal, um novo esquema de corrupção mensal… E o maior perigo disso é que no final tudo passa como normal. É a sensação de que estamos acostumados a isso…

 

 

Sabe porque? Porque a maioria ainda é burra, a maioria acredita que é impotente, a maioria aceita o comodismo, aceita… Aquela frase que todos nós já ouvimos em varias formas, e pior… Aquela frase na qual todos nós já acreditamos “politico é tudo igual, não faz diferença… Prefiro votar naquele que rouba, mas faz um pouco pelo povo”.

 

ISSO É MUITO MESQUINHO DA NOSSA PARTE

 

É revoltante que eles façam, mas me revolta ainda mais que deixemos que o façam.

 

E então surge o maior problema de todos:

 

E o que nós podemos fazer?

 

 

Eu honestamente não tenho uma resposta simples para isso e talvez ninguém a tenha, a resposta simples é a óbvia “fazer alguma coisa”, mas isso por si só não responde nada. Eu verdadeiramente não sei, é realmente um lance de Davi x Golias… Se nesse caso o Davi fosse uma bactéria e o Golias um gigante ainda maior… Mas a cada dia que passa eu me cobro mais uma atitude e a cada dia que passa eu sinto mais forte o incomodo com isso… Isso existe desde sempre, a sujeira existe desde sempre, mas não é por isso que temos que ser porcos e chafurdar na lama… É nosso dever, não vamos conseguir de primeira e nem de segunda, mas quer saber? Tudo bem, porque sempre vão existir falcatruas e decepções para nos irritar e continuar nos movendo, sozinhos somos quase nulos, juntos podemos ser um incomodo e se olharmos para trás, nos anos recentes veremos que movimentos aconteceram e acontecem, as pessoas não são mais tão cômodas e uma hora essa bomba relógio sempre estoura, o caminho é longo, mais cedo ou tarde vamos ter que percorre-lo e para que o país não sangre mais, é melhor que seja cedo.

 

No passado as revoltas mudaram a história do país, os caras pintadas também, a ficha limpa só ganhou a atenção devida por conta dos compartilhamentos em redes sociais e foi uma vitória, mais recentemente houveram movimentos com certa expressividade, marchas e protestos, porque sem saber o que fazer, a única coisa que tentamos é que nossa voz seja ouvida… E o bom disso é saber que as vezes, ela é.

 

Vou tentar chegar ao problema por outro lado.

 

Como no recente caso da Comissão de Direitos Humanos e do Pastor Feliciano. Um caso que eu acho particularmente interessante, porque o pastor já assumiu o posto e por enquanto cometeu poucos atos absurdos na cadeira que lhe foi dada e da qual ele se recusa a sair, mas mesmo antes dele assumir houveram manifestações, mesmo depois dele ter conseguido houveram e nesse momento ainda existem…

 

Um caso recente que eu considero no mínimo absurdo , na minha opinião a reversa é bem simples:

– Seria possível colocar um ateu para comandar um culto religioso? –

 

 

Religiosos (aparentemente a maioria dos apoiadores do Feliciano), se perguntem isso e saberão como os opositores do pastor se sentem, como ele estar ali soa absurdo, não é perseguição religiosa, é pura falta de lógica.

 

 

Sim porque a base da discussão é a ideologia do deputado Feliciano, ideologia que sim, afeta a maneira que ele gere o cargo e o torna inapto, mas por pura politicagem a voz do povo é ignorada e ninguém que realmente tenha o poder é corajoso para agir, inúmeros deputados se opuseram ao Feliciano, mas aqueles que podiam fazer alguma coisa, conversaram por alto e lavaram as mãos. Isso beira o ridículo, o Pastor Feliciano deu declarações horrendas e absurdas, mas não é apenas disso que eu to tratando nesse momento, eu to querendo chegar em um ponto de uma maneira subversiva, um dos próximos textos vai ser exatamente sobre egoísmo, ego e a necessidade de ser superior ao outro, por isso não vou me aprofundar nesses assuntos aqui, só digo que… O Pastor Feliciano é evangélico e isso não o qualifica como minoria, ao contrário isso é um conflito de interesses para a comissão, ele é heterossexual e isso não o qualifica como minoria, apesar das declarações racistas ele se diz negro, mas no nosso país isso não ser minoria, nós somos uma enorme mistura étnica e a grande maioria de nós descende de negros de uma forma ou outra (o que por si só pode gerar um texto sobre racismo, cotas, etc), dito isso… A única minoria na qual o digníssimo (não digníssimo na minha opinião) Pastor Feliciano se encaixa é a dos ricos  e abastados, uma grande minoria no país na qual ele se inseriu crescendo e se fortalecendo na fé alheia e na graça de sua igreja. (entendam a leveza do sarcasmo nessa última frase).

 

E se estamos evoluindo, porque a voz do povo está sendo negada nesse caso?

Isso vai ser chocante…

Pera…

Respira fundo…

Agora…

A voz do povo não está sendo ignorada.

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COMO É QUE É?

 

 

Essa é a dura verdade que o caso do Pastor Feliciano nos obriga a encarar. Esse movimento teve uma enorme visibilidade, porque pessoas famosas e de certa influencia se pronunciaram, pessoas inteligentes e bem sucedidas (pura coincidência?) deram visibilidade e ajudaram na discussão… Mas porque não mudou?

 

Porque a maioria concorda com o pastor Feliciano, a maioria… Por motivações religiosas ou de pura ignorância concorda com ele, então ao menos nesse caso, a voz da maioria não foi calada, ela está sendo cumprida… Por isso nem sempre a voz do povo é a razão…

 

E isso denota que… Ok, o pastor Feliciano representa a maioria e não as minorias, mais um motivo para estar no cargo errado e o pior… Isso nos mostra algo ainda pior, no fim… A culpa de uma maneira ou de outra é nossa!

 

O país tem corrupção, tem ignorância e num nível mais profundo pobreza e desigualdade, porque a maioria pensa que as coisas são assim, que o ruim é imutável, a maioria das pessoas é pobre de ideologias e raciocínio próprio, em resumo… Nós estamos na merda, porque acreditamos que não há nada melhor, porque deixamos acontecer, ao menos a maioria…  A maioria ignorante sofre e como maioria podia agir… Podia… Mas não te fé nem em si para mudar, estão presos no comodismo. Então é como se aceitassem e aceitam esse Brasil que é imposto, por elas mesmas.

 

A culpa disso tudo é nossa, a culpa disso tudo é do povo, políticos não são mais ou menos do que seres humanos, eles são o povo… E se carecem ideologias, ideais e honestidade para eles, para a grande maioria deles, é porque tudo isso também carece para a grande maioria do país. Eles são ruins? Pois bem, eles são uma amostra de quem nós somos como comunidade e isso explica o atual estado da nossa comunidade…

 

A maioria não levanta a bunda do sofá pra fazer a sua voz ser ouvida… Mas tudo bem, porque as coisas sempre foram assim e nisso eu não me preocupo, porque a história ensina, coisa que como presidente da comissão dos direitos e minorias o pastor Feliciano deveria saber:

A maioria sempre atrasa o progresso, mas a minoria, quando certa, sempre consegue estabelece-lo

 

 

Não vai ser hoje e não vai ser amanhã… Mas existe um caminho certo e ele tem que ser percorrido. Enquanto for incomodo algumas pessoas vão continuar lutando e quando parar de ser incomodo para elas, elas vão sentar suas bundas nos sofás e se contentar em reclamar sem agir, mas se isso ocorrer aceitem que vocês compactuaram e aceitaram de bom grado os erros cometidos….

 

Repito… A culpa disso tudo é nossa, a culpa disso tudo é do povo, eles são o povo… E se carecem ideologias, ideais e honestidade para eles, para a grande maioria deles, é porque carece para a grande maioria de nós.

 

Não falo que devemos simplesmente agir ou desistir nesse exato momento, não é tão simples, mas existem pessoas lutando a todo momento por suas causas, se reclamar é muito fácil, se xingar os políticos e fingir ter uma opinião também, o que você realmente tem feito? Repito, não é tão simples… Mas uma hora o circulo fecha, a coleira aperta, o cabresto machuca e nessa hora vai ser difícil frear a mudança necessária, se vai ser logo ou mais tarde, depende apenas de nós.

 

“Eu não posso agir na política!”  “Eu não sei como começar a mudar!”  “Eu não posso, sou incapaz de agir!”

 

Quando a chance aparece sempre sabemos, começamos aos poucos, a mudança coletiva começa no individuo e na minha opinião essa é a chave… Não existe resposta fácil mesmo, porque essa é bem difícil .. Honestidade começa conosco, amor ao próximo também, senso de justiça também, força, garra, luta, desejo de mudança também… Não mude a politica do país, mude a sua… Porque se fizermos isso, de pessoa em pessoa estaremos fazendo um mundo melhor, é impossível parar o progresso. Mas o comodismo das massas é só um reflexo da maneira que vivemos em nossas vidas pessoas, por isso… Comodismo é uma maneira de viver e precisamos nos livrar dela no todo, começando por cada um de nós.

 

Longe de um todo perfeito, ao menos estaremos em um país melhor… Ou ao menos… De consciência limpa!

 

Obrigado pela leitura, xoxo

Henrique Raynal

Nota Rápida

Não… Pera, rapidinho, deve vir um texto novo em breve e talz… E a porra toda, mas eu não vim aqui pra isso, uma coisa me deixou meio impressionado e tive que vir deixar essa notinha… O blog tá tendo muitas visitas, mesmo sem material novo, a média diária tá bem interessante e como eu não consigo ver quem são vocês, eu posso ao menos falar… Obrigado por lerem e passarem pra frente meus posts tão… Bem, é… Thanks!

E embora a maioria massiva seja brasileira e canadense (Bill beijo pra você que fica mandando o link do blog e enchendo o saco dos seus amigos), tá rolando visitas de outros lugares também, USA, Portugal, Alemanha, Bélgica, Peru, Reino Unido e com ctz se não fosse proibido teríamos da Coréia também (não, brincando).

Isso é impressionante, minha mãe não está em todos esses países, não pode ser ela…

Ou pode? NÃO!

Obrigado! Thx! Danke! Merci!

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Quando a vida conversa conosco…

 

Acreditem, por mais piegas, brega ou onírico que esse título possa parecer, ele é bem explícito, talvez (e bem provavelmente) ‘a vida falando conosco” seja fruto de um fortíssimo efeito placebo ‘’nós enxergamos formas nas nuvens apenas porque queremos enxergar’’, da mesma forma eu posso (e devo) estar enxergando apenas aquilo que eu quero.

 

 

Pois bem, ontem eu tava com minha mãe esperando algumas pessoas em um restaurante de comida mexicana (meu Deus, eu amo Chilli) e entre uma conversa e outra eu comentei por alto uma coisa que haviam me dito pela terceira vez, que eu não me encaixo aqui… Que eu não me encaixo em um escritório, engravatado, contido, etc… Minha mãe acha que isso é egocentrismo… e ela tá certa.

 

Mas não fui eu quem disse… Enfim, conversamos muito sobre planos, sobre futuro, faculdade, plano de carreira, etc… E aquilo me deixou com muitas dúvidas, levantou muitas dúvidas que embora eu conhecesse, nunca dei tanta atenção. Bem, meus planos consist(em ou iam) em terminar dois semestres no curso de Teatro Musical ETMB (longa história, no final do semestre eu dedico um texto pra isso), me mudar pra casa do meu avô no Rio de Janeiro, começar uma faculdade de psicologia e conciliar isso com cursos de teatro musical, tentar engajar em algum trabalho pequeno, grande ou médio nesse ramo ( por ramo entenda também a música) e tentar crescer a partir dai, não é um plano fácil e nem de longe inteligente, na verdade é bem ingênuo e estúpido, mas a segurança de morar com meu avô, de estar estudando (psicologia = curso convencional) e de ser relativamente jovem me permitira o risco e o mais importante, isso é o que eu quero. Mas nenhuma certeza, por mais firme que seja, é livre de dúvidas e nem essa seria… Inúmeras vezes eu já pensei que…

 

1 – Seria mais fácil seguir a cartilha que querem que eu siga?

2 – Seria mais fácil ficar aqui e sei lá estudar para um concurso (Brasília é a cidade dos concursos)?

3 – Seria mais fácil eu tentar algo nesse meio por aqui mesmo Brasília sendo relativamente fraca nesse quesito?

4 – Eu vou me arrepender mais por não tentar ou por talvez fracassar?

 

Seria exagero dizer que eu perdi o sono com essas perguntas, mas elas ficaram martelando na minha cabeça desde ontem e assim como eu já descrevi no blog como a paixão nos dá força e nos enche de certeza, seria tolice negar que em alguns dias a dúvida assombra. E hoje eu acordei assombrado por essa dúvida e sem conseguir responder com toda a certeza, como vocês já podem ter percebido eu estava procurando respostas e talvez eu queira ter as enxergado como eu enxerguei.

 

Todas as quintas eu tenho aula de canto na Claude Debussy, o professor é um cara com quem eu tive contato na metade do ano passado quando fui aceito na escola (e desisti por um motivo que será esclarecido ao longo do texto), naquela época em um primeiro momento eu não fui bem com a cara dele, ele é do tipo extremamente sincero, crítico, cínico, competente e egocêntrico (sim, eu sei… Eu sei… Eu), por mais que eu tenha uma preferência enorme por professores rígidos, eu vinha de um convívio com a professora mais doce do mundo (praticamente uma princesa Disney)  a Nívea e hoje eu vejo que ela passava muito a mão na minha cabeça e isso foi ótimo, porque ela me deu confiança para dar vários passos e uma base musical criativa muito boa, mas ela tem a filosofia de que cada um tem um jeito único e especial de cantar, o Augusto é um professor voltado para musicais, técnica, firmeza, técnica, firmeza e o choque entre filosofias foi claro. Enfim, esse semestre mais uma vez eu fui escolhido para ter aulas com ele e fui com o coração aberto, mas nunca tinha tido grande empatia com ele, até hoje… A aula costuma ter  50 minutos, começamos a conversar por uma besteira (ele me perguntou se eu estudava ou trabalhava e o assunto ganhou proporções enormes) e ficamos conversando por 40 minutos (depois ele alongou a aula por mais 40 de exercícios), conversamos sobre política, religião, carreira, cursos, Eva Péron, etc… Mas o mais importante foi… Ele me disse que todos os dias da vida dele ele pensa em entrar na vida de concurseiro, porque querendo ou não a vida no serviço público dá uma enorme estabilidade e em Brasília ser funcionário público é status e segurança, ele me disse que na família dele ‘’trabalhar’’ é o que mais importa, seja onde for e deu a entender que eles gostariam que ele seguisse essa cartilha tão comum em Brasília, mas ele (ao menos ainda) não seguiu, é formado em música, dá aulas e embora o sonho dele seja trabalhar com barcos na Dinamarca (sério) ele consegue fazer muitas coisas, como viajar pra NY, etc… Daí eu tirei que ele não seguiu a cartilha, ele trabalha com algo que ele gosta e embora as vezes ache que seria melhor seguir, esse achar não foi forte o bastante para mudar o caminho dele e mais importante ele me disse que com o tempo aceitaram que esse era o caminho dele e até o incentivaram. Talvez fosse mais fácil seguir o predeterminado, mais fácil e mais seguro… Mas o mais fácil nem sempre nos basta e mais importante… Seria realmente mais fácil?!

Seguindo a Lei de Murphy, no dia em que eu saio 30 minutos atrasado da aula minha mãe resolve me buscar e estava lá embaixo me esperando e atrasada para um compromisso, ela me deixou na estação Galeria (estação que eu NUNCA pego), a estação àquela hora estava meio deserta e assustadora, no completo silencio um cara me abordou e eu dei atenção (sério, eu sou tipo a pessoa mais fácil de ser assaltada, porque eu paro e dou atenção e ouvidos até para o mais bêbado dos mendigos), ele me explicou que tava sem dinheiro para almoçar no dia seguinte, tinha sido demitido ou algo assim, o chefe não tinha pago dinheiro, mas ele tinha dinheiro no cartão do metro, ele perguntou se eu não poderia dar o dinheiro da passagem pra ele e ele pagava minha passagem com o cartão (eu sei que pode parecer perigoso, mas eu confio muito no meu instinto e aquele cara não parecia perigoso), eu concordei, dei o dinheiro e fomos caminhando (sim, isso foi a noite e fora do metro… eu sei, eu sei…), ele me passou para dentro e entrou também, não tinha como não conversar e fomos conversando, falei da famosa receita de miojo na redação do Enem e ele me disse que havia perdido uma vaga em concurso por uma redação, então entramos no metrô e continuamos conversando, ele me disse que tava desde as oito da manhã estudando para o concurso do STJ, ele tava vestido de maneira muuuuito humilde, a carteira dele tava em frangalhos e carregava uma sacola com escova de dente e outras coisas necessárias para passar o dia estudando, eu cometi a gafe de falar que concurso era mira pra quem só gostava de dinheiro (sim, eu generalizei, mas convenhamos… Eu não faria concurso por outro motivo, mas isso sou eu) ele me olhou com uma cara muita feia e disse que nem sempre, eu entendi que ele não tava se matando daquela forma apenas por dinheiro, não sei porque, talvez seja pelo status de ser alguém, provavelmente pela estabilidade e eu que sempre achei que abandonar meus sonhos e seguir a cartilha era fácil levei um choque em ver que… Lutar, se sacrificar, tentar ser alguém, é um sonho que não se aplica apenas ao meio criativo ou artístico, de maneiras diferentes é o que todo mundo quer… E olhando pra ele, muito inteligente e muito surrado pela vida, eu quis acreditar nele, pra mim aquele cara vai passar em um concurso e vai ser um grande funcionário, não só um cara que mama nas tetas do governo, porque? Porque eu vi a paixão e o sacrifício dele para isso… Bem, ele só falava de concursos e isso tava meio chato, eu não queria passar a viagem toda ouvindo sobre o judiciário e não tava com pressa pra chegar em casa, desci na estação 112 sul pra esperar o próximo metrô.

 

Ia colocar meu fone de ouvido… Mas antes que eu pudesse…

 

Uma senhora perguntou se o metrô pra Ceilândia era daquele lado, eu disse que sim, mas que o próximo seria o samambaia, ela disse que na verdade não havia problema, ela só queria saber o sentido da linha, ela desceria em Arniqueiras… Arniqueiras é a minha estação, então… NÃO TINHA COMO NÃO CONVERSAMOS… E não… Eu não sou de puxar assunto com estranhos e não sou de conversas aleatórias, mas… As coisas acontecem… Fomos conversando e ela me contou a vida dela toda e talz, o nome dela era Edith, Edith Equi, ela me disse que o filho dela (Alexandre) tinha uma banda e ela era meio que a agente da banda, ela me disse que ele tocava teclado, violão e voz e inclusive me chamou pra assisti-lo nesse sábado na 410 sul, enfim… Falamos sobre isso, sobre o ego dos músicos, as drogas, ela me contou sobre o casamento dela e talz… E me disse que… Ela havia oferecido para o filho um trato, vender o apartamento dela aqui e se mudar com ele para o Rio de Janeiro, porque ela viu que ele estava estagnado aqui e lá ele teria mais chances, lá ele teria chances reais… Porque aqui ela batalhava muito por ele, mas não via nenhum resultado significativo, o mercado em si é pequeno… Sim, ela disse que o filho dela era meio bobo de não querer ir pro Rio de Janeiro criar uma carreira musical lá… Que aqui ele não conseguiria alcançar os sonhos dele. Nós conversamos, na saída ela me deu um abraço, perguntou meu nome, disse o dela e falou que gostou muito de me conhecer (e quem não gosta, né?).

 

Fui lanchar e parei pra pensar no meu dia, parei pra pensar que foi um dia diferente dos dias comuns, as pessoas, as conversas a aula longa e lembrei de mais uma pessoa. Um cara chamado Lucas, da Claude Debussy, nós nunca nem nos cumprimentamos, mas esperando na porta das salas NÃO TINHA COMO NÃO CONVERSARMOS.

 

Conversamos superficialmente sobre música durante uns 5 minutos no máximo, só deu tempo de eu contar que tinha sido aceito na escola no último semestre de 2012, mas que tinha aberto mão da vaga e gasto o dinheiro com outra coisa, embora meu plano original fosse fazer o curso, algo surgiu do nada (um show da Lady Gaga) e como eu já tinha passado meio que me convenci de que seria fácil fazer de novo, talvez até fosse se eu não tivesse perdido a data.

 

Ele riu e disse “Pelo menos valeu a pena!”, e eu sorri e concordei, realmente tinha válido.

 

Porque sim, no meio do ano passado eu joguei o curso pro alto e viajei para São Paulo (como já contado aqui), foi estúpido… Eu com toda certeza não entrei no camarim e não apertei a mão da Lady Gaga, não curti a noite de Sampa, não foi a viagem dos meus sonhos, mas me apaixonei pela cidade, reforcei minha paixão por teatro musical, tomei algumas decisões que me levaram por um caminho que hoje me permite escrever esse texto e no final, sim… Valeu muito a pena, nós sempre queremos ter controle sobre a nossa jornada… Mas vendo essa pequena viagem um lapso de sabedoria me diz que, as melhores coisas não são planejadas, mesmo que aconteçam dentro dos nossos planos…

E no final do dia de hoje, pessoas que eu mal conhecia ou não conhecia de forma alguma abriram um pouco de suas vidas e me ajudaram a quebrar algumas dúvidas, a ver as coisas de outra forma, a entender que nada é fácil, talvez nada seja tão difícil que nem sempre é possível ser tão corajoso, mas no fim o que realmente nos move pesa e é mais forte e se nada for como planejamos, ainda pode ser bom e se for como planejamos nem sempre vai ser como esperamos… De certa forma a vida falou comigo por meio dessas pessoas, as dúvidas que eu tinha receberam respostas, ligeiramente ambíguas, mas sinceras e nada ficou mais claro do que era antes, eu não tenho nenhuma decisão tomada e as dúvidas não evaporaram… Mas as dúvidas se calaram por enquanto, eu não sei o que eu vou fazer e nem o que devo… Mas eu sei o que eu quero fazer e quero ser forte o bastante para isso…  O que nesse caso apenas significa, ser um pássaro e encontrar o meu norte e na hora certa migrar para lá (ou para cá).

 

É estranho um texto sem piadinhas ou gifs… Ainda mais um tão longo, espero que não tenha ficado cansativo, obrigado pela atenção…

 

xoxo   Gossip Girl 

Henry

Cantando na Chuva!

 

Olá amiguinhos e amiguinhas, como estão? Como estamos? Como foram suas férias? Como foi o Carnaval? Como foi o ano novo? Como foi o natal? – Puta que pariu, só agora eu percebi que abandonei o blog por muito, muito, muito tempo… Enfim, hoje (bem, são 4 da manhã e eu ainda não entendo porque eu só escrevo para esse blog de madrugada) eu senti a necessidade de escrever de novo e talvez saia um texto novo do blog, bem essa colocação é desnecessária porque se você está lendo, o texto obviamente saiu e… não se importe com isso, toma a imagem de um gatinho: =^.^=

Bem, as madrugadas são (assim como o chuveiro, a janela do ônibus, as aulas de matemática e as missas de domingo) um ótimo local para deixar o pensamento ir longe e meditar… Se deixar levar pelo momento… E dessa vez o momento me levou para um local muito, muito bom…

Antes de mais nada, eu me sinto meio idiota escrevendo esse texto, mas não menos idiota do que ele parece…

Quem nunca, né?

NÃO! Dessa vez eu não estou falando daquele tipo de amor livre e incondicional, NÃO, já tivemos o bastante desse tipo por aqui! Eu to falando de coisa melhor… Quem quer algo morno e sincero quando se pode ter algo instável e muito, muito quente? QUALÉ, SEJAMOS SINCEROS! Todos temos um ideal de paixão tórrida, com duas pessoas se desejando tão loucamente que nada mais importa, todos temos esse ideal, mas acabamos abrindo mão parcialmente dele, porque ele é difícil, porque as coisas esfriam, porque somos inseguros, e blá, blá, blá…

Mas foda-se o que pode vir a acontecer, eu to falando daquele primeiro momento onde tudo parece possível e nada é tão complicado ou cansativo… Aquele momento em que você tá mais feliz que pinto no lixo!

Não é complicado ou tão poético, é paixão… É disso que eu to falando, aquilo que queima e te faz querer estar no meio do fogo aproveitando cada faísca sem se importar com as queimaduras, aquilo que faz você se sentir completo e forte, potente, corajoso, como se nada no mundo pudesse te parar…

Não sabe do que eu estou falando? Pior pra você

Por mais piegas, brega e cafona que isso possa parecer, quando você sente isso, você fica exatamente desse jeito:

Oh Gene Kelly, não é a toa que sua dança na chuva se tornou um clássico, ela expressa muito bem o que é a paixão.

Fazia meses que eu não sentia isso e eu quase havia me esquecido de como é…

” like a dick in the garbage ” – N

Se o amor é o sentimento mais nobre e necessário, a paixão é uma versão rock and roll dele… Mais pesada, mais rápida, mais dramática, mais elétrica, mais perigosa. É como se fosse a engrenagem maior, aquela que consegue fazer todas as outras girarem magnificamente depois de encaixada, aquela que faz tudo realmente fazer sentido. Acho que é isso que querem dizer quando falam “viver com paixão”, é viver cada segundo, aproveitar cada momento e realmente viver e deixar que isso se alastre… E eu me sinto ridículo por ter perdido essa engrenagem por um tempo, por ter acredito que ela não existia, por ter me contentado com o meio termo… O lado bom é que não importa o quão descrente ou acomodado você tenha se tornado, o quão você ache que não acredita mais no amor ou o quanto você pense que só uma pessoa pode te fornecer aquilo… Não importa o tamanho da dúvida, quando você se pega cantando na chuva, tudo perde o sentido, você queira ou não…

What a glorious feeling
I’m happy again
I’m laughing at clouds
So dark up above
The sun’s in my heart
And I’m ready for love

É isso o que eu quero, é isso o todos queremos!

Então é isso que eu proponho nesse texto, que todos aqui, você, você e VOCÊ! Procure algo que te faça sentir dessa forma, algo que te encha e preencha, algo que te deixe puramente feliz e completo, algo e não necessariamente alguém, algo que faça todo o resto fazer sentido, o que importa é viver com paixão, porque ela deixa tudo melhor.

cantando-na-chuva

E se acabar? Acabou! Não se desespere se o combústivel entrar na reserva. Uma das lições mais importantes é

Só quando uma coisa acaba, outra pode começar

E mais uma vez você vai sentir como se pudesse mover o mundo com a palma da sua mão!

 

Can’t explain all the feelings that you’re making me feel
My heart’s in overdrive and you’re behind the steering wheel

I Believe in a thing called love / The Darkness

-♦-♦- Outro Castelo -♦-♦-

“Minha Própria Novela Mexicana”, não é só um título divertido, mas é também uma descrição, tudo o que é postado aqui reflete algo que aconteceu (ou vai acontecer) na minha semana, um sentimento, um momento, uma dúvida e por ai vai. Muitas vezes conversando com um grande amigo (grande… beeeeeem grande) falamos que nossas vidas são como sitcons (aqueles seriados de comédia americanos geralmente gravados em ambiente fechado e com risadas de fundo), sitcons que inclusive podem ser divididos em temporadas, em nossas conversas sempre vemos esses pontos de divisão, situações semelhantes à dos seriados, trilha sonora, quais personagens as pessoas ao nosso redor são e por ai vai. É muito comum quando vemos esses seriados termos uma noção do destino dos personagens, afinal o mundo da TV é cheio de clichês, mas isso fica confuso quando nós somos os protagonistas, até porque isso não é TV, nós somos os roteiristas e nem sempre tudo segue o script.

Eu posso dizer que as temporadas da minha série sempre começam em dezembro e vão até dezembro do outro ano, veja bem… Na temporada passada, em dezembro eu decidi pensar o que eu queria de mim, eu era um garoto cheio de sonhos (o que piorou vertiginosamente) e sabia que era hora de parar de esperar, era a hora de começar a correr atrás deles. Ao longo dessa temporada eu tive momentos muito interessantes, de fato essa foi a temporada mais vivida e fora de controle que eu já tive, meus horizontes se abriram de maneiras que eu nunca poderia esperar, eu me apaixonei perdidamente e isso me definiu de maneiras que tornaram essa paixão quase um caminho para que eu crescesse, fui aceito em uma conceituada escola de teatro musical (embora tenha aberto mão dela temporariamente por assuntos mais urgentes), fui ao meu primeiro musical de produção internacional, assisti ao show da Lady Gaga, roubei um beijaço de quem eu amava (e ganhei outro de brinde), viajei, fui rebelde, fui certinho, emagreci + de 40 kg (eu sei, eu sei… eu também fico chocado as vezes), comecei a compor músicas mesmo tendo poucos meses de aula e praticamente nenhuma teoria musical, entre uma infinidade de outras coisas… Essas só foram as que mais me definiriam e jamais teriam acontecido se eu tivesse permanecido na minha zona de conforto ou se em algum momento eu tivesse mentido pra mim mesmo ou não tivesse seguido 100% o meu coração, estando certo ou errado, eu fui não só quem eu sou, mas quem eu queria ser… Eu não me permiti me estagnar e nem calei nenhuma voz que sussurrava em mim… Acho que isso é crescer!

Pois bem, a temporada passada foi cheia de idas e vindas, altos e baixos, momentos e momentos, foi ótima, mas já chegou ao fim. E em minha opinião ela chegou ao fim no momento em ‘Priscilla – A Rainha do Deserto’ começou em São Paulo, depois dos fatos superficialmente narrados em Corredor Perdido . As luzes do musical se acendem, fade out e os créditos, fim de temporada.

Nada de muito expressivo (além do show da Gaga) aconteceu até duas semanas atrás. Novembro acabou e Dezembro começou, uma nova temporada chegou e eu não sei ainda quais surpresas ela vai me trazer.

Mas eu já sei como foi o primeiro episódio…

O primeiro episódio começou no meu aniversário, a postagem do texto Chegou a hora de apagar as velinhas… (meu texto que alcançou mais visualizações), toda a alegria e o caos de um aniversário, o achar que um certo alguém esqueceu, os últimos ensaios para a minha apresentação de fim de ano na escola de música. Ahhhh essa bendita apresentação…

Eu já adianto que eu fui péssimo e não falo isso com falsa modéstia, eu toquei essa música inúmeras vezes durante as aulas e a pior vez provavelmente conseguiu ser melhor que a apresentação em si, eu tava MUITO NERVOSO, era uma música autoral, eu deveria cantar e tocar e o pior… EU NÃO CONSIGO TOCAR EM PÉ! Eu sou muito alto e geralmente o teclado/piano está em um nível adequado para ser tocado sentado… Resumindo, eu fui péssimo, mas aparentemente algumas pessoas ainda gostaram (tem gosto para tudo).

Como todo primeiro episódio, esse serviu para estabelecer o que esse ano pode trazer de novo, o que se mantém e o que permanece como uma grande incógnita. Eu percebi algumas coisas que só tornam outras ainda mais complicadas, as vezes de pixel em pixel uma imagem é formada, só que as vezes fora do tempo, afinal tudo precisa acontecer na hora certa e no local certo. Pegando a apresentação como exemplo, eu poderia ter ferrado a música na hora certa e no lugar certo (durante as aulas) e tocado bem na hora certa e no lugar certo (na apresentação), mas as coisas não escolhem hora e nem lugar para acontecer. Pior ainda é quando se trata de sentimentos, sentimentos não escolhem hora e nem lugar para acontecer, muito menos situações adequadas… O primeiro episódio teve um pouco de tudo, emoção, decepção, felicidade, sensação de dever cumprido, realizações, paixão e dúvidas, mas até agora tem tudo sido muito bom e a nova temporada promete caminhos novos, e eu mal posso esperar por eles.

Quanto a apresentação, a música escolhida foi “Another Castle”, uma música lenta e doce com algumas quebras, ela representa um momento bem específico da temporada passada, ela representa o que eu deveria sentir, ela representa a minha consciência tentando rir das minhas dúvidas.

E por mais que a apresentação não tenha sido perfeita e por mais que eu tenha tremido bastante, é sobre isso que se trata a música, tentar e tentar e não mais esperar… Não esperar pelos outros, correr na direção do que você quer… E bom ou ruim eu corri e cantei Another Castle na frente de todos aqueles estranhos, e o resultado? Bem… Eu fiz o que eu queria e devia naquele momento, de resto… FODA-SE!

O problema chamado “Ciúme”

“Olá amiguinhos e amiguinhas é bom ter vocês de volta” – ler com a voz da Eliana, não a Eliana de hoje, mas aquela dos anos 90.

Como passaram a semana? Bem? Well, minha semana foi… Foi do caralho sério… Eu tive emoções muito interessantes, finalmente tive a minha apresentação na escola de música, matei saudades de pessoas que estavam longe (fisicamente e sentimentalmente) e eu não consegui me dedicar ao texto antes porque tem algo martelando na minha cabeça, uma vontade… Algo bem… Atraente, inteligente, bem servido interessante e complicado (like always, afinal essa é a graça da vida, não é champz?). MAS isso não é assunto para agora, nenhuma dessas coisas vai ser tratada aqui hoje… Eu tenho um texto sobre minha apresentação, mas eu vou esperar o vídeo dela ser liberado de maneira que o post fique completo.

Enfim, por isso eu me atrasei um pouco em postar o texto dessa semana, mas ele está aqui… E ele é…

– CIÚMES –

ou

– AQUILO QUE NINGUÉM SENTE –

ou

– GOSTO QUE TENHAM DE MIM, MAS NÃO ASSUMO QUE TENHO DE NINGUÉM –

Todos animados?

Todos animados?

O que falar do ciúmes? Como fazer uma introdução de um texto sobre algo tão… Tão… tão…..

Argh, sobre algo tão escroto…

Um assunto que nem é  de longe um dos meus favoritos, mas eu me desafiei a encontrar um pouco de lógica nele, embora a maioria dos casos de ciúmes pareça (visto de fora) simplesmente LOUCURA!

Pois é, ciúmes… Um assunto polêmico que é provavelmente o componente mais feio de todos os relacionamentos na face da Terra, em menor ou maior grau. E eu falo com propriedade sobre o tema, porque eu enxergo-o de fora… Porque eu sou uma pessoa que não sente ciúmes…

SÉRIO, EU NÃO SINTO CIÚMES…

Acredite, eu Rique Raynal NUNCA senti uma gota de ciúmes na vida, nunca olhei feio para alguém paquerando quem eu gosto, nunca me senti jogado de lado se alguém não pode me ver porque um parente foi hospitalizado, nunca fiz birra porque alguém preferiu sair com outras pessoas do que comigo, nunca fui um troll possessivo com as pessoas que estavam comigo. Acredite, esse último paragrafo foi em parte irônico… Nem deu pra perceber, mas juro que foi!

Bem! Comecemos daí, “sentir ciúmes” é quase um tabu, é algo realmente feio, algo horrendo, um crime… Eu sinceramente não entendo como pode existir ciúmes se três em quatro pessoas afirmam piamente que não o sentem, chamam ele de outra coisa, dão mil desculpas, mas não assumem que estão com ciúmes ou sentem ciúmes, existem ainda aquelas pessoas de olhos castanhos que ainda dão uma risada forçada, fazem uma cara de “que absurdo isso!” e exclamam “Ciúmes, eu?” como se tivéssemos proferido uma ofensa terrível.

UMA NOVIDADE: SIM! CIÚMES, VOCÊ… EU… NÓS!

COLOQUEMOS ABAIXO O TABU DO CIÚMES!

Com algumas ressalvas obviamente, estamos falando de algo saudável… O que se tratando de ciúmes é algo tão raro quanto alguém que assume que o sente.

Assumir que sente ciúmes é de certa forma baixar a guarda e deixar que as pessoas saibam que você gosta muito delas, de uma maneira que qualquer ameaça à sua posição na vida daquela pessoa deve ser minada. Em poucas palavras o ciúme é isso, o medo (racional ou irracional, de acordo com o julgamento da freguesia) de perdermos nossa posição na vida de alguém querido. Temos medo que nossos namorados e namoradas encontrem alguém melhor do que nós somos e nos substitua, que nossos amigos encontrem alguém mais divertido, que nossos pais prefiram nossos outros irmãos, ou que nossos irmãos prefiram seus amigos… E por ai vai… O ciúme é um medo e está diretamente ligado (embora não exclusivamente) à maneira que nós nos enxergamos…

Muitos falam que ciúmes é falta de confiança no outro, mas macacos me mordam eu acho que vai além! Dito o que já foi dito nesse texto eu consigo chegar em um raciocínio: acho que o ciúme (aquele doentio e bem complicado) tem muito a ver também com segurança (a falta dela), com a incerteza de ser ou não ser o bastante para o outro, embora eu precise dizer… Na minha opinião isso se aplique bem mais aos casos de ciúmes extremo, aquelas pessoas que extrapolam os limites do ciúmes, muitas vezes sem grandes razões para isso, talvez elas realmente não tenham confiança em si… E falo isso do “topo da minha psicologia de bar” o que em resumo significa: É SÓ A MINHA OPINIÃO, DISCORDEM OU CONCORDEM, EU VEJO LÓGICA NISSO E COM UM POUCO DE ESFORÇO VOCÊS TAMBÉM PODEM VER!

É esse o medo.

Então separemos, esse é o ciúme ruim, o ciúme que não é saudável, o ciúme que acaba contribuindo para o fim de tantos relacionamentos, o ciúme que faz alguém agir como um perfeito idiota, uma criança fazendo birra porque tem um medo.

E por mais que soe hipócrita eu dizer que não o tenha, eu consigo não deixar ele me afetar e acho que isso é o certo… Melhor do que fingir que ele não existe é ser maduro na maneira que se lida com ele! Não é?

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Mas também paremos de tratar ciúmes como tabu ou algo completamente negativo, aliás… Existe o ciúme saudável, um leve ciúme é bem fofo, convenhamos, quando a pessoa sente um leve ciúmes e isso não chega a ser um ponto negativo no relacionamento podemos até nos sentir valorizados, amados ou queridos, porque alguém tem medo de nos perder para outra pessoa e isso é awwwn so cute… E acho que ai mora a diferença entre o ciúme saudável e o medo, a partir do momento que começa a pesar, a partir do momento que isso gera conflito, a partir do momento que deixa de ser algo fofo e passa a atrapalhar a relação, talvez seja a hora de parar e… Bem, eu não sei o que fazer, não existe uma cura para o ciúme! A não ser o raciocínio, você tem mesmo razões para isso? Tem razões para duvidar do outro ou mesmo de si? Se sim, ótimo, resolva sua situação ou conviva com um ciúme justificado (torcendo para que sua relação seja forte e sobreviva a questões tão complicadas), se não… Bem, PARA DE BESTEIRA! Porque se não o ciúme vai se tornar uma faca de dois gumes e por meio dele você pode acabar perdendo algo pelo qual preza tanto…

Bem, por hoje é só Senhoras e Senhores, até semana que vem!!!